MCHARLES, É O CAMPEÃO DO DUELO DE MCS NACIONAL 2019
Charles Soares mais conhecido como Mcharles é de Juazeiro do Norte no Cariri Cearense, iniciou se no hip hop através das Batalhas do Cangaço a qual é também um dos organizadores tem varias participações e vitória na Batalha da Estação e Batalha do Cristo ambas realizadas na cidade vizinha Crato, desde os seus primeiros duelos o mesmo já foi ganhando seu espaço pela rapidez no raciocínio na rima e no contra ataque, sempre compreendendo o poder das palavras e da cultura na vida das pessoas. Um dos seus chavões é "A fé move montanhas Charles remove mcs" e assim foi no Duelo de MCS Nacional.
Um dos favoritos e já com muitos fãs, MC Charles, do Ceará, fez a batalha final com MC Noventa, do Espírito Santo, e levou a melhor diante de 20 mil pessoas, público de jovens sonhadores, gente batalhadora e amantes da arte de rua com identidade e ideologia. No grito do "vai matar ou vai morrer", MC Charles mandou a rima mortal. Depois de enfrentar um processo seletivo intenso realizado em todo o país, entre maio e novembro deste ano, que reuniu mais de 3 mil MCs, de pelo menos 300 cidades dos 27 estados, a batalha final foi emocionante e mostrou a grandiosidade do evento. O vencedor recebeu R$ 15 mil, além de apoio para produções musicais e audiovisuais.
As batalhas, também conhecidas como duelos de freestyle, mostraram na Praça da Estação em BH o encontro de pesos-pesados da cena. Assim, dois mestres de cerimônia (MC's) batalham entre si com rimas improvisadas, podendo ser a capela ou com um beat (batida) tocada por um DJ durante 90 segundos para cada dupla.
Na batalha de sangue, assim chamada porque não existe tema, o conteúdo é livre e tem como foco atacar (verbalmente) e responder o ataque do adversário, MC Charles foi o melhor. Todos os concorrentes mostraram domínio da palavra e conquistaram fãs.
foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press
Simplesmente, uma das finais mais à flor da pele que o Hip Hop brasileiro já ofereceu. Muita qualidade. Muita torcida dos dois lados e um gargarejo de expectadores formado por Djonga, Rapadura, Hot e Oreia, grandes nomes do rap nacional.
Uma disputa que incendiou o público envolvendo temas como racismo, as regiões brasileiras, a política do país, o papel do hip hop na sociedade, religião, cultura popular e tudo mais que se pode imaginar.
Obviamente, a guerra se estendeu para o "terceiro" com muito sangue. Mas, após o final da batida, era impossível o Mestre de Cerimônia Douglas Din apurar o voto da plateia. Nem as manifestações de barulho nem as mãos para o alto conseguiam desempatar. A plateia, na verdade, queria era um quarto round.
Após a avaliação cuidadosa dos jurados, os seus votos foram para o cearense de Juazeiro do Norte, que tornou-se o grande vencedor da rima improvisada brasileira. Com choro pelas faces e a bandeira do seu estado amarrada ao pescoço, ele agradeceu ao público durante o freestyle do campeão e também recebeu homenagem do vice, no microfone, e o abraço de todos os outros 14 participantes na descida do palco.
Charles é o novo dono da taça.
O Ceará, O Cariri estão no topo.
Realizado pela primeira vez em 2012, o Duelo de MCs nacional se tornou um marco do hip-hop brasileiro. Em sete edições, o projeto passou por todas as regiões do país e recebeu grandes nomes em seu palco, com destaque para Djonga (MG), Cris SNJ (SP), Tamara Franklin (MG), Emicida (SP), Rappin Hood (SP), Marechal (RJ), DJ Nyack (SP), Matéria Prima (MG), Potencial 3 (SP), DJ Roger Dee (MG), Slim Rimografia (SP), Gustavo Pontual (PE), Bruno BO (PA), DJ Erick Jay (SP), Melanina MCs (ES), DV Tribo (MG) e Rico Dalasam (SP).
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